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O que é a dismenorreia?
A dismenorreia é uma dor pélvica que aparece uns dias antes da menstruação. Todas nós mulheres sabemos que o período traz consigo algumas sensações que não são propriamente agradáveis. A melhor maneira para saber como lidar com estes dias é conhecer-nos a nós mesmas. Por isso contamos-te 10 curiosidades sobre a menstruação. Tenham em conta e mimem-se!
Quais são os sintomas da dismenorreia?
A dismenorreia caracteriza-se por ser incómoda e dolorosa. Pode apresentar alguns dos seguintes sintomas (em alguns casos todos):
- A nível físico: Cãibras nas pernas, dor pélvica ou abdominal intensa, dor na parte baixa das costas ( na zona dos rins), dor de cabeça, náuseas, tonturas, vómitos, transpiração excessiva, desmaios ou fadiga. Em alguns casos, durante a menstruação podem ser expulsos coágulos de sangue.
- A nível psicológico: Ansiedade, irritabilidade ou depressão. Como podemos observar, a dismenorreia afecta tanto o nosso corpo como a mente, procuremos fazer algo para evitar que nos desestabilize.
Que tipos de dismenorreia existem?
Podemos encontrar varios tipos de dismenorreia:
- Primária, presente em mulheres mais jovens, quando começam os primeiros períodos menstruais.
- Secundária, aparecem em mulheres com mais idade, normalmente está relacionado com alguma patologia do sistema reprodutor.
Na tabela seguinte, obtida do artigo Diagnosis and management of dysmenorrhoea, escrito por Michelle Proctor e Cynthia Farquahar e publicado no British Medical Journal em 2006, podemos observar as características de cada tipo:
Quais são as diferentes intensidades presentes na dismenorreia?
Como já vimos não há um único tipo de dismenorreia. Além disso, esta também pode variar segundo a intensidade com que se apresenta. Segundo a Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia, encontramos a seguinte classificação:
Leve: a dor que acompanha a menstruação é de pouca intensidade, aparece no primeiro dia e não é acompanhada de sintomas neurovegetativos, não é preciso analgésicos e não interfere nas actividades diárias.
Moderada: dor mais intensa, costuma durar de 2-3 dias, pode ser acompanhada por algum sintoma neurovegetativo, o estado geral pode ser afectado, mas com analgésicos pode realizar as suas actividades diárias.
Severa: Dor muito intensa, acompanhada de sintomas funcionais, os analgésicos são pouco eficazes e normalmente nos vemos muito limitadas para realizar as nossas tarefas diárias.
Que dor! O que posso fazer para tratar a dismenorreia?
- Quando a dor deixa de ser suportável, é possível atenuar de diversas formas. Por exemplo, os medicamentos anti-inflamatórios (não esteróides) que não necessitem de prescrição médica tais como o ibuprofeno ou o naproxeno podem ajudar a aliviar a dor, no entanto, é necessário ter em conta de que estes medicamentos têm um efeito anti-coagulante e poderão prolongar o fluxo menstrual.
- Outra opção efetiva é o tratamento hormonal (normalmente, baseado na toma de contraceptivos), que regula a produção hormonal. Neste caso, é necessário a receita médica. E na visita ao ginécologista vão te dar a solução mais eficaz, marca uma consulta!
- Também podemos contribuir na diminuição de dor com formas mais simples e naturais, pequenas mudanças que geralmente ajudam-nos a lidar com o período: realizar exercício de forma regular (quase todos os dias da semana), além disso é muito bom para distrair e relaxar a mente), reduzir o consumo de substâncias nocivas tais como, álcool, tabaco e cafeína, aplicar calor na zona e tomar mais liquidos (água, sumos, fruta e verdura).
- Conselho extra: mima-te e cuida-te. Quando as hormonas estão alteradas é mais complicado estar bem a 100%, então nestes dias tenta compreender-te e não exijas mais do que podes dar. Dá-te algum capricho, come um pouco de chocolate negro, apaga o telemóvel, vê algum filme/ série divertida…enfim, trata de ti como tratarias a tua melhor amiga se tivesse um dial mal. ?
Como conseguimos ver, a dismenorreia é um problema complicado, mas não é o fim do mundo! Existem diversos métodos que nos ajudarão a combatê-la e sentirmo-nos melhor durante esses dias de revolução hormonal. É tudo uma questão de autoconhecimento, descobrir quais os métodos que funcionam melhor connosco e combiná-los com uma boa dose de paciência e dar-nos algum capricho para fazer com que a dismenorreia seja mais fácil.