A pílula do dia seguinte é uma alternativa contracetiva que impede a gravidez. Saber como elas funcionam e as suas verdadeiras aplicações é essencial para uma vida sexual saudável e segura.
Tabela de conteúdos
Quando é indicada a pílula do dia seguinte?
Uma das coisas sobre as quais temos que ser claros quando falamos sobre a pílula do dia seguinte é o seu uso. Este método contracetivo foi pensado especificamente para lidar com casos de emergência.
Esta pílula é criada para reduzir as hipóteses de gravidez quando houver uma relação sexual com penetração. No entanto, a sua aplicação só se recomenda em circunstâncias muito específicas. Por exemplo, quando ocorre uma falha com os métodos contracetivos normais (por exemplo, o rompimento do preservativo ou a expulsão do DIU).
Sob nenhuma circunstância a pílula do dia seguinte deve ser usada como um método contracetivo recorrente ou comum e o seu uso, a ocorrer, deve ser muito raro.
Como é que a pílula do dia seguinte impede a gravidez?
O seu funcionamento ainda não está totalmente claro. Sabe-se que atua diretamente no processo de ovulação, adiando ou mesmo evitando-o. Além disso, parece que também tem um efeito negativo no movimento dos espermatozoides e ainda não se sabe exatamente se impede o assentamento a nível do endométrio.
A pílula do dia seguinte é abortiva?
Ao contrário do que acontece com a pílula RU-486 (mifepristona), a pílula do dia seguinte não pode ser considerada abortiva. Esta pílula atua quando ainda não ocorreu a gravidez. É por isso que não se pode evitar uma gravidez se a implantação do óvulo nem sequer ocorrer.
Mesmo assim, algumas opiniões afirmam que a pílula do dia seguinte provoca alterações no endométrio e evita a implantação do óvulo já fertilizado. Portanto, muitas pessoas acreditam que é de facto um método abortivo, mas não há evidências científicas que possam apoiar esta hipótese.
Como se toma?
A pílula deve ser tomada no menor tempo possível após a relação sexual, sendo que o ideal é consumi-la dentro de 24 horas após a mesma.
Embora o seu efeito seja mantido até 72 horas após a relação sexual, a verdade é que a sua eficácia diminui com o passar do tempo. Por exemplo, se a sua toma for feita dentro das primeiras 24 horas, a gravidez é evitada em 95% dos casos.
No entanto, se o seu consumo ocorrer entre as 24 e as 48 horas, o número cai para 85%. Finalmente, quando é consumida após 48 a 72 horas, a sua eficácia é reduzida para 58%.
O que acontece se eu exceder o prazo de 48 horas?
Além disso, há também a pílula dos cinco dias depois, que é composta de acetato de ulipristal. Este modulador atua nos recetores de progesterona. O seu efeito dura por um longo período de tempo (até 120 horas após a relação sexual).
Embora funcione da mesma forma que a pílula do dia seguinte, ao não permitir a ovulação, há autores que argumentam que ela também evita a implantação e é, portanto, um método abortivo.
Atualmente é comercializada em qualquer farmácia e não requer receita médica. O seu preço ronda os 25 euros.